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Um elogio à desordem e à transgressão, que não é apenas estar à margem do que é útil, é ser a margem entre o sentido comum e as ambivalências sensoriais que encontram um espaço obscuro e privilegiado na literatura, esse ponto de ruptura que a torna inútil e livre do tempo comum onde a vida se esgota na construção da possibilidade, e que a remete para uma outra dimensão temporal, numa viagem extraordinária e infantil que não tem qualquer destino.
Como nos diz Godard «Cultura é a regra, arte é a excepção»[1]. A excepção é esta singular pluralidade de existência maldita e soberana que desloca, reinventa e liberta das pesadas estruturas sociais e dos inerentes condicionalismos da condição humana. Só o diabo pode ser livre do movimento castrador da mão de Deus.